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SHIVAM YOGA

O Sistema Shivam Yoga foi instituído como Shivam Yoga Ashram (escola de Shiva) por Mestre Arnaldo, em 1999, depois de uma longa caminhada na Senda. As bases filosóficas da referida escola são as correntes de pensamento denominadas de Samkhya e de Tantra.

O Samkhya trabalha com uma ideia dualista do ser humano, o qual seria constituído por duas instâncias: Purusha (espírito) e Prakriti (matéria). Purusha é independente, mas só consegue se exprimir através de Prakriti. Essa união entre Purusha e Prakriti não é regida por nenhuma divindade ou força sobrenatural. Não existe uma concepção de um Deus nessas escrituras.

Outro princípio importante do Samkhya refere-se à categorização do Universo, o qual seria impregnado por três forças interdependentes: os Gunas da matéria – Tamas, Rajas e Sattva. Essas forças determinam a diferenciação entre as coisas do Universo e entre os seres.

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Necessário se faz estudar o Samkhya, quando se está na senda do Yoga Tradicional Indiano, uma vez que seus corolários estão na base do Yoguerishi Marga e, como já foi dito, em muitos textos, tal corrente de pensamento e Yoga Antigo eram estudados como uma só filosofia ou tratado.

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Em resumo, o Samkhya se constitui em uma filosofia especulativa, espiritualista, dualista e que tenta explicar o surgimento do Universo e do ser humano de forma natural, enumerativa e sem ligação com dogmas ou religião.

Por sua vez, o Tantra apresenta alguns aspectos essenciais, resumidos a seguir:

 

01 - Como filosofia comportamental, procurando dar direcionamentos aos seus seguidores (Sadhakas ou Tantrikcharyas), para que eles despertem todas suas potencialidades e possam estar no mundo de forma consciente e livre e utilizando-se de todos os seus poderes latentes e, principalmente, os potencializando.

02 – Como estudo da constituição energética do ser humano, adentrando-se em descobertas sobre Chakras, Nadis e Kundalini.

03 – Como direcionamento para os Aarts e Sadhanas.

04  - Como forma de se entenderem as ações kármicas que determinam nossos Dharmas.

05 – Como forma de percepção de sermos um microcosmo energético dentro de um macrocosmo energético.

06 – Como forma da compreensão de que nossa existência está diretamente ligada a uma contínua e frutífera “conspiração cósmica”.

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Shivam Yoga: atar, ligar, jungir, unir... 

 

Nas velhas e pequenas comunidades indianas dravidianas, Shakti, a energia cósmica, era concretamente cultuada. Essa doce e afetiva energia impulsionou sábios, Sadhus e Yogues Rishis em sua busca. O autopercepção se fez intensificar na observação amorosa da natureza: animais, plantas e árvores transmutaram-se em movimentos corporais leves e poderosos, em respirações conscientes, iluminando os processos internos e as energias externas. A alegria se fez presente... o Gupta Vidya se fortaleceu... conhecimentos foram sendo transmitidos... e a egrégora do Yoga tântrico se resplandeceu e fluiu pelas montanhas, pelas planícies e pelos rios e aqueceu a mente e a consciência de todos os buscadores. Hoje, nos templos e nos Ashrams indianos e no dia a dia do campo, das aldeias e dos grandes centros urbanos, a vida pulsa em direção ao espiritual afeto, à espiritual autoentrega em profundo estado de Ishwarapranidhana (a ação amorosa e despida de expectativas). A jornada, que se fez contínua, e a imersão, que se deu século após século, reverberaram em processos de ligação e de união, expressando-se, então, em Asanas, Bandhas, Dharana, Dhyana, Kriyas, Mantras, Mudras, Pranayamas, Pujas, Yoganidra... meditação, iluminação... percursos, recursos, fruição, expressão... em eterno Santosha - contentamento - e Yoga ... e, para nós, Shivam Yoga. Shivam Yoga é autoconhecimento e despertar da consciência, por meio de práticas e estudos. Nossa busca é de união de Purusha (espírito) com Prakriti (matéria). A meta é o Samadhi (iluminação). Não há nenhuma ideia de negação do mundo fenomênico, sensorial ou material. Nem de dissolução do eu e do ego. Por meio de uma caminhada espiritualista, porém não teísta, almejamos estar no mundo de uma forma mais harmoniosa, mais consciente e, consequentemente, mais prazerosa e feliz.

 

À Índia – Mantralizando...

Percepção, Introspecção... Auto-Observação... Música... Mantras... Estar em um movimento contínuo e constante: em cores, odores, sabores, aromas, perfumes, sons, melodias, música... Ainda... paisagens, vermelho sol, amarelo deserto, azul gelo ... e humanos... muitos ... animais.... diversos – indumentárias... saria... turbantes... Índia ... música... Mantras... Os habitantes dão o brilho, ressaltam da paisagem como flores... de lótus. Águas sagradas banham, eternamente, peregrinos, Sadhus, Yogues! Cânticos hindus... sacralizando as formas e os seres!! Mantras, rituais: o fogo dissolvendo as dores, a carência e abrindo espaço para a opulência, senão material... espiritual. A música interior... e a conexão com a música universal... A beleza é perene, a energia é intensa e a solidariedade se faz presente, em simples atos, em furtivos olhares, encobertos por xales, véus... burcas... e Mantras... O movimento é de todos e de tudo. Não é o caos que prevalece, mas a harmonia, às vezes em dissonantes acordes. Em todo visitante fica uma certeza: a felicidade, mesmo que efêmera, se faz existir, em pequenas gotas, em pequenas chuvas, ou em fortes torrentes... o coração se abre e a força espiritual flui... surpreendentemente... de cada planície, lago, rio e, ainda, de cada esquina, aldeia, cidade... e de todas as multidões. Em Mantras, a Índia se produz e se reproduz...

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